O surgimento da capoeira remonta ao século XVI, durante o período de escravidão do Brasil Colônia. A princípio, a capoeira foi desenvolvida pelos escravos como maneira de combate ao abuso às punições infligidas pelos senhores de engenho. Séculos depois — com uma história que vai desde a proibição da prática, incorporação da música para parecer uma dança típica aos olhos dos brancos, punição estabelecida pelo código penal até sua liberação no século XX, na então presidência de Getúlio Vargas — a capoeira se consolidou como uma das principais expressões culturais do País.
Com base nessa importância, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) Alagoinhas está desenvolvendo uma oficina de capoeira em escolas do município, atividade que faz parte das ações sociais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1), cujo investimento com recursos federais e contrapartida municipal passam, respectivamente, de R$ 13 milhões e R$ 3 milhões em obras de saneamento, resultando, somadas as obras do PAC 2 e saneamento, no salto da cobertura do atendimento de esgotamento sanitário da cidade de 14% para 35%.
Uma das escolas contempladas pelo projeto é a Escola Municipal Alagoinhas IV, contemplando os alunos do Ensino Infantil, do Grupo 5, tanto no turno matutino quanto no turno vespertino. A professora dos pequenos, que estão na faixa etária de cinco anos de idade, explica a importância da iniciativa. “O primeiro momento deles foi de novidade. Como são pequenos, encaram como brincadeira. Esse lado lúdico é muito bom. Está sendo fantástico”, afirma, revelando que os pequenos estudantes ficam felizes quando sabem que haverá capoeira na programação do dia.
Rafael Heitor da Silva, responsável pela condução das aulas, conta que a ideia principal da capoeira com crianças de até nove anos é brincar capoeira e nessa brincadeira ir inserindo elementos da capoeira que possibilite o entendimento da lateralidade, coordenação motora, por exemplo. “Tem a questão da musicalidade que já abre uma visão nova do que é capoeira, pois tem essa questão da capoeira enquanto luta, mas a gente percebe a capoeira enquanto ludicidade em construção do ser”, explica.
Perguntado se ficou feliz quando soube que ia ter capoeira na escola, Pedro Henrique dos Santos abre o sorriso, faz o sinal de legal com a mão e diz que sim, esclarecendo que não é a primeira vez que ele faz capoeira, já brincou em casa e no parquinho. Qual a parte que mais gosta? “Estrelinha”, responde, mostrando na prática que é especialista no movimento.
A oficina terá um total de quarenta horas.
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ASCOM Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE Alagoinhas